
A vacina pode prolongar os intervalos das terapias e diminuir efeitos colaterais
A companhia de biotecnologia norueguesa Bionor Immuno desenvolveu uma pesquisa apresentada na 17ª Conferência Internacional sobre Aids, na Cidade do México, que pode ajudar muito a combater o vírus HIV. A vacina vem sendo testada há mais de cinco anos em 38 pacientes portadores do vírus. A maioria deles conseguiu interromper as terapias tradicionais por um período médio de 31 meses. Outros 34% não tinham voltado às terapias depois de 44 meses e alguns seguem sem o tratamento há cinco anos, depois de finalizados os testes. Em geral, as terapias não são interrompidas por mais de quatro meses sem que haja um retrocesso no tratamento.
As pausas asseguradas pela nova vacina podem diminuir os efeitos colaterais dos medicamentos, como náuseas, problemas cardíacos e de fígado, diarréia e perda de gordura. A vacina conseguiu aumentar a produção de células CD4+, que combatem a doença, um resultado mais atraente do que o que se consegue com terapias anti-retrovirais, que apenas bloqueiam a reprodução do vírus HIV.
Para o pesquisador Barry Peters, que lidera as pesquisas no Kings College de Londres, “uma vacina imunoterapêutica contra o HIV daria aos pacientes e aos médicos vantagens enormes em relação aos tratamentos atuais, em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Mesmo se esta vacina não for a resposta final, pode ajudar na caminhada em direção a uma vacina imunoterapêutica contra o HIV."
A próxima fase dos testes contará com a participação de 345 pacientes de 21 centros de tratamento nos Estados Unidos e Europa. A previsão para divulgação dos resultados é para o final de 2009. Será o maior deste tipo já realizado.
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