quinta-feira, 28 de agosto de 2008

MUNDO


MELHORIA NA SEGURANÇA FAZ AUSTRALIA RETIRAR SUAS TROPAS DO TIMOR LESTE
Segundo o primeiro-ministro timorense Xanana Gusmão, segurança melhorou após os atentados sofridos por ele e o presidente do país

Mais um passo está sendo dado para a soberania do Timor Leste. O primeiro-ministro Xanana Gusmão informou nesta quinta-feira que o contingente australiano de pacificação deixará o país no final do ano, após significativa melhora adquirida na segurança. Gusmão assinalou que embora ainda seja “frágil”, a segurança melhorou bastante depois dos atentados que ele e o presidente do país, José Ramos Horta, sofreram no começo de fevereiro. “Tudo está muito calmo agora. As mães podem sair com seus filhos depois do anoitecer. Acreditamos que esta é uma de nossas grandes conquistas”, afirmou o primeiro-ministro.

Gusmão indicou que cerca de 50 mil deslocados retornaram a seus lares no ano passado, depois de abandonarem suas casas por causa das violentas manifestações que em 2006 deixaram pelo menos 30 mortos em Díli, a capital do país. Ele acrescentou que as Forças Armadas do Timor Leste têm a confiança da população, e que o exército se concentra hoje nos projetos civis, como a construção de estradas e de outras obras de infra-estruturas básicas.

Em agosto de 2006, após a revoltas de maio, o Conselho de Segurança da ONU criou a Missão Integrada no Timor Leste com o objetivo de ajudar os timorenses a restabelecer a ordem, o que significou o envio de um contingente de pacificação por parte de diversos países do mundo, inclusive o Brasil. A Austrália tinha cerca de 800 soldados e aumentou suas forças após os atentados contra Gusmão e Ramos Horta, com o envio de outros 200 militares. Gusmão assinou com o governo australiano um acordo no qual Camberra se compromete a gastar US$ 4,9 milhões na construção de um centro de treinamento militar para o exército timorense.
A antiga colônia portuguesa alcançou sua independência em maio de 2002, após três anos de administração das Nações Unidas e depois de 24 anos de ocupação indonésia (1975-1999).

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