segunda-feira, 18 de agosto de 2008

MUNDO

UNIÃO EUROPÉIA ESTUDA INTEGRAR CLÍNICAS MÉDICAS COM CADASTRO ÚNICO
Um cartão digital permitirá maior controle sanitário e segurança aos pacientes

Num continente onde as políticas dos países não se dão de forma isolada e totalmente independente e onde, além disso, as distâncias são muito pequenas é possível viver em mais de um país simultaneamente e até consultar-se com médicos fora da sua base fixa. Neste caso, o problema é que o paciente acaba fazendo diferentes cadastros em muitas clínicas, na busca por resolver algum problema de saúde, e acaba respondendo as mesmas perguntas médicas a diversos profissionais que poderiam estar interligados de alguma maneira.
Pois a “maneira” parece estar sendo desenvolvida. A Espanha está firmando um projeto com outros 11 países membros da União Européia que permitirá aos médicos ter acesso a uma base de dados e ao histórico médico de qualquer paciente que esteja inserido nas regiões participantes. O formato será digital e na língua falada pelo profissional que precisa destas informações.

Problemas sempre existem. Uma proposta como esta tem que rever algumas leis de privacidade, lidar com formatos digitais diferentes, além da questão prática da língua. Mas tudo parece razoavelmente possível de ser resolvido. Médicos deverão estar regulados por lei para poderem acessar as informações dos pacientes, que terão um cartão eletrônico com suas próprias informações.

O Ministro da Saúde espanhol, Bernat Soria, diz ainda ser necessário um acordo entre os 12 países membros do projeto para definir o tipo de informação que o sistema deverá fornecer. Para ele, o cartão deve conter “dados básicos e resumidos, como as doenças crônicas, as alergias, os medicamentos que o paciente está tomando”. Com o novo sistema será possível ao paciente comprar remédios em outros países, enquanto as farmácias poderão vender medicamentos com receitas expedidas em outros países membros. “O programa fomenta a eficiência na prescrição e nos tratamentos, além de reduzir enormemente os gastos,” argumenta Soria.

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