sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ECONOMIA

DOCE ENERGIA
Usina em Tocantins produzirá etanol a partir de batata-doce e estabelece parcerias com cooperatives e assentamentos

Ainda este ano, o estado de Tocantins poderá produzir até seis mil litros de etanol diariamente tendo a batata-doce como matéria-prima. Está em fase de conclusão uma usina da CantorCO2e do Instituto Ecológica, em Porto Nacional, construída com financiamento de US$ 600 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento e outros US$750 mil da Eletronorte, que vai gerar, além de energia, benefícios para a população local. As pesquisas desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal de Tocantins (UFT) conseguiram chegar num equilíbrio entre produtividade, sustentabilidade e desenvolvimento, no projeto que consegue produzir etanol, ração animal e cosméticos. “Buscamos ações que sejam sustentáveis no âmbito social, econômico e ambiental”, diz o presidente da CantorCO2e, Divaldo Rezende.

A tecnologia será voltada para a inclusão de cooperativas que costumam sofrer com a falta de alternativas de renda para os assentados e produtores rurais, gerando empregos também para os pequenos produtores excluídos da produção de álcool. Espera-se, como resultado, uma valorização da cultura da mandioca na região e a melhor distribuição de renda. A produção em escala menor também é um fator ambiental importante, segundo Rezende, com impactos muito menores. Até comunidades isoladas da Amazônia serão beneficiadas com a energia elétrica gerada ela nova usina. A receita bruta também é atraente, podendo chegar a R$ 2,5 milhões, com 230 empregos diretos, com salários de, ao menos, um salário mínimo por família. Se tudo der certo, o modelo de sustentabilidade das comunidades rurais poderá ser estendido a outras regiões, provavelmente todo o cerrado brasileiro.

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