
Com o objetivo de fortalecer a identidade cultural desses povos, as aulas serão ministradas nos dialetos indígenas
O presidente colombiano Evo Moralles anunciou para janeiro de 2009 o início das aulas em três universidades indígenas. Seguindo o princípio elementar da cultura callawaya dos povos originários da Bolívia, “compartilhar para aprender e saber”, o decreto do presidente quer fortalecer a identidade e resgatar o valioso conhecimento destas comunidades.
Cada uma das três universidades ensinará em aymará, quéchua e guarani – dialetos indígenas mais falados no país – , disciplinas que integrarão cursos de agronomia tropical e dos altiplanos, piscicultura, indústria de alimentos e têxtil, veterinária, zootecnia e engenharia florestal. “ São carreiras que têm grande demanda e que, por consenso, foram as solicitadas pelas comunidades consultadas previamente,” declarou a responsável pela comunicação do Ministério da Educação e Cultura, Fabiola Rollano.
O Governo boliviano está convencido de que as universidades irão “descolonizar” ideológica, cultural, social e economicamente os povos indígenas, além de recuperar princípios e formas de produção e de vida dos indígenas que resistiram por séculos às “humilhações do colonialismo”.
As universidades funcionarão em prédios já existentes do governo, como a base militar desmantelada de Chimoré de Cochabamba, reservada para o ensino em aimara, e a escola histórica de Warisata, fundada em 1931 por Elizardo Pérez, para o ensino em quechua. Em Kuruyuki funcionará a terceira, para os que querem aprender em guarani.
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