A SALVAÇÃO DA LAVOURABrasil inicia pesquisas para driblar os efeitos do aquecimento global
A safra de grãos no Brasil foi recorde me 2007 e será novamente em 2008. No ano passado, o pais exportou 133,3 milhões de toneladas e a previsão para este ano é de que saia do pais 143,3 milhões de toneladas. Em Reais, esta soma equivale a uma movimentação de R$611,8 bilhões, um quarto da economia brasileira.
Em meio a tantos números positivos, uma preocupação sugere mudanças de postura e de investimentos. A Embrapa e a Unicamp calculam que com o aquecimento global a produção sofra profundamente as conseqüências. Em 2020 o Brasil pode ter um prejuíso de R$7 bilhões no setor. Mas as previsões tiveram um efeito positivo: o Brasil não parece querer perder o que já conquistou e iniciou pesquisas que podem adaptar o pais às condições climáticas que estão por vir. Segundo o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, 220 projetos de estudos já estão em desenvolvimento para evitar que os efeitos do aquecimento global afetem a produção.
Pesquisadores da Embrapa estudam a possibilidade de desenvolver plantas transgênicas mais resistentes a secas e altas temperaturas. Isolando os genes de plantas silvestres naturalmente resistentes – como pau-terra-da-folha-grande e sucupira-preta – e transferindo para espécies como feijão, milho e soja será possível, em dez anos, manter a produção crescendo.
Os cientistas esperam que este tipo de iniciativa caminhe junto com a conscientização dos que os estão no agronegócio em encerrar o quanto antes a ocupação predatória do cerrado, da caatinga e da Amazônia.
Depois da divulgação dos dados da Embrapa Reinhold Stephanes afirmou: “Não queremos mais derrubar e não precisamos mais derrubar nenhuma árvore para a nossa produção. Agora temos que utilizar melhor as áreas que nós já temos.” Ele também lembrou que 70% das áreas do Brasil estão comprometidas com áreas indígenas ou de reservas ambientais.
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