quinta-feira, 7 de agosto de 2008

BRASIL

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS SOBE NO PAÍS
Após três anos de queda, número de doadores subiu para 6,8 por milhão de habitantes. Índice ainda é baixo levando-se em consideração o potencial brasileiro


Não foi apenas a prisão da equipe médica corrupta uma boa notícia relacionada aos transplantes de órgão no Brasil. Após três anos seguidos de queda, o número de doadores subiu no primeiro semestre de 2008. Dado da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) obtido pela Folha de São Paulo mostra que o índice nacional ficou em 6,8 doadores por 1 milhão de habitantes nos seis primeiros meses do ano, um aumento em relação ao mesmo período de 2007 (5,4), 2006 (5,8) e 2005 (6,4).
Apesar de o número indicar melhora significativa, a associação estima que vá ocorrer queda brusca nas doações na segunda metade do ano, sobretudo em razão de episódios recentes no Rio de Janeiro, com a prisão de Joaquim Ribeiro Filho, o médico acusado de burlar a ordem da fila das cirurgias de fígado.

Para Rafael Paim, presidente da ONG Adote (Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos), até mesmo medidas como a lei seca deverão contribuir para a redução do índice nos próximos meses. “O número de doações decorrentes de acidentes de trânsito é muito grande”.
Mesmo com a tímida melhora, ainda tem muito a se fazer. O desempenho dos Estados, segundo a ABTO, ainda é discrepante. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o índice é o mais alto do Brasil com 13,3. Já no Amazonas, não houve nenhuma ocorrência de doação. De todas as maneiras, após três anos de queda, o Brasil se mostrou um país um pouco mais generoso e no caminho para atingir daqui a três anos a meta de 8,5. Detalhe: a taxa na Espanha é de 35.

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