
Países não mantêm laços desde que conquistaram a independência da França, na década de 1940
A conselheira política da Síria, Bussaina Chaaban, anunciou nesta quarta-feira que os presidentes da Síria (Bachar al-Assad, a direita na foto ) e do Líbano (Michel Suleiman, a esquerda na foto) concordaram em manter relações diplomáticas entre os dois países. O acordo ocorreu hoje no encontro entre os dois dirigentes em Damasco.
Síria e Líbano já haviam anunciado no dia 12 de julho a disposição em estabelecer relações diplomáticas e abrir embaixadas em suas capitais, pela primeira vez desde que conseguiram suas respectivas independências, há mais de 60 anos. “Os dois presidentes deram instruções a seus ministros do Exterior para tomar as medidas necessárias, começando hoje”, explicou Buthaina.
As relações entre os dois países têm sido marcadas pela ocupação militar síria desde meados dos anos 70 e por uma clara influência de Damasco na vida política libanesa. Mesmo após a retirada das suas forças militares, a Síria continuou a tentar influenciar o rumo dos acontecimentos em Beirute, como ocorreu no atentado contra o antigo primeiro-ministro Rafic Hariri, em fevereiro de 2005. Soma-se a isso Israel e as ligações do Irã à importante comunidade xiita libanesa para explicar a complexidade da região e a importância do acordo estabelecido.
A mídia estatal síria elogiou a visita do presidente libanês Michel Suleiman, dizendo que ela colocará nos eixos a relação entre os dois países. O jornal Tishrin disse que a viagem “lança as fundações para uma nova fase de relações fraternas.”
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