
Classe média chega a 52% da população, aponta pesquisa da FGV
Duas pesquisas divulgadas hoje fundamentam o crescimento econômico do País. Na primeira delas, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou o crescimento da classe média brasileira nos últimos dez anos. Agora, 51,89% da população, quase dez pontos percentuais a mais do que os 42,26% registrados em 2004, possui renda familiar variando entre R$ 1.064 e R$ 4.591, a denominada “classe C”. O mesmo estudo retratou em igual período o aumento de quatro pontos percentuais dos brasileiros de “classe alta”, com as famílias que ganham mais de R$ 4.591 – agora correspondem a 15,52% da população. Já os brasileiros classificados como “classe baixa”, com famílias que ganham menos de R$ 1.064, caiu de 46,13% para 32,59% da população brasileira. A Fundação compilou dados do Ministério do Trabalho e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram a redução da pobreza em 13,5 pontos percentuais entre 2002 e 2008 em seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador).
De acordo com o economista Marcelo Neri, que apresentou o estudo, a redução da pobreza e o crescimento da classe média são reflexo direto do aumento do emprego com carteira assinada - neste ano, a criação de empregos bateu recorde no semestre, segundo o Ministério do Trabalho. Agora, diz o economista, o novo desafio para o Brasil é o iminente “apagão de mão-de-obra”, ou seja, a falta de trabalhadores qualificados para os empregos que estão sendo criados.
Pobreza cai quase um terço
O estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao governo, aponta uma queda no percentual das famílias pobres nas seis maiores regiões metropolitanas nos últimos cinco anos. 24,1% contra 35% em 2003. Isso representa uma redução de quase um terço no percentual de pobres, ou cerca de 4 milhões de pessoas. O levantamento, com base nos dados do IBGE, considera como pobres pessoas em famílias com renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 207,50). Já o percentual de indigentes (renda de até R$ 103,75) caiu pela metade no mesmo período, de 13,7% para 6,6%, uma redução de quase 3 milhões de pessoas nessa condição. “As medidas para o combate da indigência estão tendo resultados mais efetivos que as medidas para combate da pobreza”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Segundo ele, o crescimento econômico, a elevação do salário mínimo e os programas sociais focados nos pobres explicam essa melhora na renda e a redução da pobreza. “Os dados estão mostrando que o crescimento econômico é muito favorável ao emprego e à redução da pobreza no país.”
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