
A conversão se deu a partir da célula da pele de idosos doentes
Já é possível pensar em reprodução de células sadias sem a necessidade do uso de embriões. Publicado ontem na revista Science um experimento realizado por cientistas das Universidade de Harvard e Columbia que descreve uma incursão ousada no campo da biomedicina: pela primeira vez eles transformaram células da pele de pacientes com doença neurológica em células do sistema nervoso, idênticas às que a doença destrói. Este tipo de processo, denominado iPS em inglês, ou pesquisa de células de pluripotência induzida, produz os exemplares iguais aos daquelas retiradas dos embriões, (CTEs) sem, contudo, entrar em conflitos éticos e religiosos.
A partir da introdução de quatro genes no DNA de uma célula adulta, os genes podem atuar “reformatando” a célula de volta ao seu estado original. A técnica polêmica que utiliza as células-tronco, retira esses exemplares em seu estado “in natura”, ao invés de reproduzir suas características. A nova versão já havia rendido resultados positivos com testes em camundongos e em células de pessoas jovens, mas é a primeira vez que se consegue os mesmos resultados em idosos que já sofrem de alguma doença neurológica.
As células, no entanto, não chegaram a ser transplantadas por questões de segurança, já que, para os cientistas, ainda há muitas questões que precisam ser resolvidas antes que isso possa acontecer.
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