sexta-feira, 4 de julho de 2008

BRASIL


SALVATTORE CACCIOLA SERÁ EXTRADITADO DE MÔNACO
Justiça brasileira espera retorno do banqueiro ao país em 15 dias

As “férias” de Salvattore Cacciola em Mônaco terminaram. O chefe do Poder Executivo, príncipe Albert 2º, concordou com a extradição do banqueiro, que foi capturado pela Interpoll em 15 de setembro do ano passado e está foragido do Brasil desde 2000, quando a justiça condenou os empréstimos assumidos por Cacciola na desvalorização cambial de 1999.

Na época, também foram condenados o diretor do BC e a diretora de Fiscalização do BC, Francisco Lopes e Teresa Grossi, que acobertaram os empréstimos feitos com preço do dólar abaixo do oficial e somavam um valor 20 vezes maior que o patrimônio líquido de Cacciola. Francisco Lopes e Teresa Grossi respondem o processo em liberdade e tentam escapar da pena de 10 e 6 anos de regime fechado, enquanto Cacciola terá que se haver com a justiça brasileira que o condenou a 13 anos de prisão.

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, declarou em entrevista concedida nesta tarde (04/07) que a decisão do príncipe representa “o prestígio do Brasil perante cortes de outros países, uma vitória da justiça brasileira e um acerto de contas com a população, que tem expectativas com relação ao combate à impunidade.”

O diretor-geral de Justiça de Mônaco, Philippe Narmino, solicitou ao governo brasileiro informações sobre como se dará o retorno do ex-banqueiro Salvatore Cacciola ao Brasil.

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