terça-feira, 29 de julho de 2008

BRASIL

OS FRUTOS DA LEI SECA
Médicos comemoram queda de até 50% no movimento dos hospitais e chegam a poupar R$ 4,5 milhões

Estamos no céu”, diz uma medica do Hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo. A frase poderia até render dupla interpretação, mas os hospitais da capital paulista estão mais vivos do que nunca depois que lei seca entrou em vigor no último dia 20 de junho. A chefe do pronto-socorro do mesmo hospital explica o entusiasmo da colega: “Agora conseguimos ver os pacientes com mais calma, atender melhor aos familiares. Antes recebíamos quatro, cinco, seis traumas de uma vez, não dava para falar com ninguém direito.”
A razão do “respiro” neste e em outros hospitais é a queda de até 50% no movimento de pacientes. A lei seca fez diminuir o número de vitimas de acidente de trânsito que antes contabilizavam no Hospital das Clínicas, por exemplo, 9.102 e hoje não tem passado de 4.449.
Fazendo as contas, a Secretaria de Estado da Saúde chegou à conclusão que a lei seca pode render um novo hospital de médio porte, (com capacidade para ter 200 leitos), por ano para as cidades. Isso porque cada paciente acidentado que se interna custa R$3.000 ao hospital. Com a diminuição deste tipo de caso, os hospitais já economizaram R$ 4,5 milhões no primeiro mês de vigência da lei, o que ao final de um ano, significa uma economia de R$54 milhões, ou um novo hospital público.
Os cálculos serviram para verificar que o aumento da fiscalização traz resultados concretos e objetivos. Antes da vigência da lei, o número médio de abordagens pela policia a motoristas era de 48 e 19 bafômetros por dia. Hoje estes números saltaram para 163 abordagens e 70 testes em media por dia.

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