segunda-feira, 21 de julho de 2008

BRASIL


MENOS É MAIS
Nova pesquisa demográfica aponta para uma população menor, mais velha e mais consciente

As expectativas do IBGE com relação à densidade demográfica e idade média da população brasileira para os próximos anos estavam erradas. Foi divulgada no início do mês a pesquisa da Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), que mostra que o país atingiu, em 2006, uma media de 1,8 filho por mulher. A última estimativa do IBGE apontava para esta marca apenas em 2043. Mesmo a ONU, com números mais amenos, sugeria esta mudança apenas em 2010.
Ótima notícia para o país que, ao contrário do que se pensava, está atingindo alvos certos nos programas de controle de natalidade. Aliado a isto, está o fato de que as mulheres estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, independentemente da classe social e, portanto, menos exclusivas nas funções domésticas.
Mesmo entre os menos escolarizados as taxas de natalidade estão mais baixas. Os números são relacionados ao uso mais constante de preservativos e anticoncepcionais, além do apelo da mídia para famílias menores, mais freqüentes em novelas, e o desejo de mais bens de consumo, inconciliáveis com o a realidade de quem tem filhos demais.
Pesquisadores e especialistas apontam agora para uma revisão urgente nas políticas públicas para que seja possível dar conta, o quanto antes, de uma população de idosos bem maior que a atual. As projeções da ONU enxergam em 2030 uma população progressivamente menor.

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