quinta-feira, 11 de setembro de 2008

MUNDO

PARA ONU, MUNDO REDUZIRÁ POBREZA PELA METADE ATÉ 2015
População mundial que vive com menos de US$ 1,25 ao dia caiu de 41,7% em 1990 para 25,7% no ano de 2005

A ONU acredita que o mundo está no caminho certo para reduzir a pobreza extrema pela metade até 2015, mas adverte que o lento desenvolvimento das economias africanas e a alta dos preços dos alimentos colocam em risco a obtenção dessa meta.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou nesta quinta na sede da organização em Nova York as conclusões de um relatório que analisa em detalhes os esforços para cumprir os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), fixados em 2000.
Ban afirmou que este relatório é a avaliação “mais completa” dos esforços para alcançar os objetivos e servirá de documento de trabalho fundamental na cúpula sobre o assunto que a ONU realizará em 25 de setembro. Cerca de 100 chefes de Estado e de Governo, além de 20 importantes especialistas de todo o mundo, participarão da reunião de alto nível que acontecerá nas Nações Unidas, paralelo aos debates da Assembléia Geral.

Ban destacou hoje que o relatório confirma que a meta de fazer com que em 2015 a pobreza extrema seja reduzida pela metade em relação à registrada em 1990 (como propõem os ODM) é alcançável, o que representa “uma grande conquista”.
De fato, a porcentagem da população mundial que vive com menos de US$ 1,25 ao dia caiu de 41,7% (1990), para 25,7% (2005). Em números absolutos, a pobreza também diminuiu, já que cerca de 1,4 bilhão de pessoas viviam em situação de pobreza extrema em 2005, frente ao 1,8 bilhão em 1990, segundo o relatório elaborado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. O relatório também aponta que 1,6 milhão de pessoas conseguiram acesso à água potável desde 1990 e que em todas as regiões do mundo, menos na África Subsaariana e na Ásia Ocidental, o nível de escolarização na educação primária atingiu 90%. Além desses dados, 2006 foi o primeiro ano em que a mortalidade infantil anual ficou abaixo dos 10 milhões, graças à melhoria das condições de higiene e ao acesso a serviços de saúde na Ásia, norte da África e América Latina.

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