sexta-feira, 5 de setembro de 2008

MUNDO


ANGOLA VOTA PELA PRIMEIRA VEZ DESDE O FIM DA GUERRA CIVIL
Cerca de oito milhões de eleitores devem eleger 220 deputados

Nesta sexta-feira os angolanos vão às urnas em eleições legislativas pela primeira vez desde o fim da guerra civil (1975-2002), após uma campanha dominada pelo partido do presidente José Eduardo dos Santos. Cerca de oito milhões de eleitores devem eleger 220 deputados dos 14 partidos e coalizões políticas, entre eles o Movimento Popular de Liberação de Angola (MPLA) – no poder desde à independência da ex-colônia portuguesa em 1975 – e a antiga rebelião da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
Os angolanos não votam desde 1992, quando as eleições gerais foram realizadas graças a uma trégua na devastadora guerra civil gerada pela independência. Mas o líder da Unita, Jonas Savimbi, se recusou a aceitar os resultados que o davam como perdedor e retomou as armas. O conflito acabou somente quando ele morreu. “Angola está numa situação completamente diferente”, disse a AFP Rui Farcao Pinto de Andrade, diretor de Informação e Propaganda do MPLA. “Sairemos deste processo em paz olhando para o futuro”.
Angola, que dispõe de reservas de petróleo enormes, vem se beneficiando da alta dos preços do petróleo. Além disso, deve registrar crescimento econômico de mais de 20% em 2008. Com cerca de dois milhões de barris por dia, a Angola disputa com a Nigéria o primeiro lugar como produtor de petróleo do continente. Apesar do surgimento da classe alta, dois terços da população vive abaixo do nível de pobreza.
A União Européia, EUA e a Comunidade de Desenvolvimento da África do Sul enviaram observadores para as eleições.

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