ECONOMIA

FRIGORÍFICO SUSTENTÁVEL
Sadia investe R$ 250 milhões num complexo industrial ecologicamente correto

A idéia pode parecer inconcebível, afinal, frigoríficos não são lugares assim, digamos, humanamente corretos. Que digam os vegans, que abominam a maneira como o homem trata e come suas presas. Contudo, na nova fábrica que a Sadia constrói em Vitória do Santo Antão, no interior pernambucano, a sustentabilidade vai de encontro às piores idéias que se pode ter de um lugar desses. Lá, tudo funcionará da maneira mais ecológica que se pode imaginar. Até a água da chuva será reaproveitada. A intenção é utilizá-la para abastecer pelo menos 80% do consumo da planta industrial. A água da chuva é apenas um dos componentes do projeto da Sadia que quer fazer da unidade pernambucana um modelo de sustentabilidade. O projeto inclui ainda o reaproveitamento da gordura – subproduto da fabricação de embutidos –, o plantio de 3,5 milhões de árvores nativas, além do uso de energia dos ventos e solar. Para isso, a empresa está investindo R$ 23 milhões na unidade, que deve entrar em operação no ano que vem. O investimento total na construção do complexo industrial é de R$ 250 milhões.
Enquanto não sai, outro projeto na área de sustentabilidade da Sadia começa a deslanchar: após dois anos de atraso, a empresa fará a primeira venda de créditos de carbono no mercado internacional.