RADOVAN KARADZIC, EX-LÍDER SERVO-BÓSNIO, É PRESO NA SÉRVIA Foragido desde 1995, ele é acusado de matar 8 mil muçulmanos sérvios durante a guerra da Bósnia
Quem assistisse a prisão do ex-líder Radovan Karadzic (foto) em Belgrado, na Sérvia, acharia que se tratava da prisão de um Prêmio Nobel da Paz, ou, como ele bem gostaria, de um poeta revolucionário. Cabelos e barba brancos e compridos, rabo de cavalo, muitos kg mais magro, o genocida mais procurado do mundo passou doze anos despercebido, atendendo pacientes da “medicina alternativa” que praticava numa clínica em Belgrado, com o nome falso de Dragan Dabic.
Karadzic é acusado de genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade. Ele ordenou o massacre de 8 mil muçulmanos sérvios, protagonizando o maior massacre desde a 2ª guerra mundial. Ele nega as acusação e não reconhece a legitimidade do tribunal da ONU.
Enquanto a União Européia pressionava a Sérvia para que entregasse o líder, como condição para a entrada do pais à Comunidade Européia, os Estados Unidos chegaram a oferecer US$ 5 milhões pela captura de Karadzic. Além dele, foram acusados pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) outros 45 envolvidos em crimes daquela guerra, sendo Karadzic o 44º a ser capturado e indiciado. O comandante do Exército, Ratko Mladic, ainda está foragido.
A justiça sérvia está pronta para enviar Karadzic TPII. Segundo ele, os procedimentos para a extradição do acusado de crimes de guerra já começaram.
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