ALZHEIMER: MAIS PERTO DA CURA
Cientistas da Universidade de Aberdeen, na Escócia, testaram medicamento em 321 pessoas. Os resultados surpreenderam
Uma a cada 20 pessoas com mais de 65 anos em todo o mundo sofre do mal de Alzheimer, uma moléstia neurológica que desliga aos poucos as pessoas do mundo, apagando suas lembranças, arquivando para sempre parentes próximos, alterando características pessoais e provocando muito desconforto ou mesmo a morte, em casos mais extremos.
Ontem, durante a Conferência Internacional Sobre o Mal de Alzheimer, que acontece em Chicago, um grupo de estudiosos da Universidade de Aberdeen, na Escócia, apresentaram um trabalho que encheu de esperanças milhões de pessoas que convivem com o mal, direta ou indiretamente. Eles testaram em 321 pacientes uma nova droga que em 81% dos casos interrompeu o avanço da doença e os danos no cérebro.
No procedimento, dividiram os pacientes em dois grupos, onde um tomava um placebo e outro a droga a ser testada. Nem mesmo os pesquisadores sabiam quem tomava um e quem tomava outro. As dosagens variaram de 30, 60 e 100 miligramas e os pacientes apresentavam um quadro da doença que ia de leve a moderado. Em 50 semanas, os pacientes tratados com 60 miligramas apresentaram uma melhora de sete pontos na escala que mede a gravidade da doença.
“É a maior descoberta na luta contra esta demência. A primeira evidência de que um medicamento pode melhorar a capacidade cognitiva das pessoas com Alzheimer”, diz o responsável pelo estudo, Clive Ballard.
A nova descoberta pode calar expectativas pessimistas, surgidas antes do novo estudo, como a produzida recentemente pela Universidade John Hopkins: por lá, os pesquisadores ainda preferem acreditar num avanço da doença que pode atingir 100 milhões de pessoas em 2050, quadriplicando os números atuais. Nada como um dia após o outro.
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