LULA AMPLIA O ‘BOLSA ANZOL’Verba destinada a pescadores no período de proibição da pesca salta de R$62 mi para R$649mi
Apelidado de “Bolsa Anzol”, o seguro-desemprego de pescadores foi criado pela Secretaria Especial de Aqüicultura, recém convertida em ministério, com o intuito de incentivar a produção pesqueira do País, contudo, os recentes investimentos não deram resultados. Levantamento feito pelo Estado mostra que, nos cinco anos e meio da secretaria, o volume pescado continua estacionado em torno de 1 milhão de toneladas, como nos governos anteriores. É por conta disso que o presidente Lula acaba de aprovar uma nova medida: aumentará de R$62 mi para R$649 mi o recurso pago aos pescadores com registro profissional durante os meses do “defeso”, o período em que o anzol tem de ser dependurado porque é proibida a pesca de determinadas espécies, como o camarão. Atualmente, quase 400 mil dos 630 mil pescadores cadastrados estão recebendo um salário mínimo durante o período em que não podem pescar. Há seis anos, em 2002, eram menos de 100 mil pescadores com direito ao benefício.
Para o ministro Altemir Gregolin a prioridade do novo ministério é investir na produção de pescado e não implantar uma política de assistência social. “Não é uma política de renda, mas de defesa das espécies. O objetivo é recompor os estoques”, disse. Mas técnicos da secretaria admitem que o seguro possa ter sofrido um inchaço semelhante ao Bolsa-Família nos anos iniciais e informam que um pente-fino está sendo feito para filtrar o cadastro e identificar possíveis irregularidades.
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